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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Vitamina D ou a Vitamina do Sol




A Vitamina D ou a Vitamina do Sol, como também é conhecida, é principalmente produzida através da nossa pele pela ação dos raios ultravioleta. O facto de ser  principalmente sintetizada através da exposição solar faz com que haja enorme controvérsia no meio científico, isto porque são conhecidos os perigos associados ao excesso de exposição solar sem proteção. Esta vitamina lipossolúvel é extremamente importante para o equilíbrio do nosso organismo e, apesar de ter sido desvalorizada durante algum tempo, devido à sua crescente deficiência em grande parte da população mundial tem ganho, hoje em dia, grande destaque.  Esta vitamina tem como principais funções a promoção da absorção de cálcio e fósforo pelos ossos e dentes, regulação do cálcio plasmático, promoção do sistema imunológico e do crescimento das células, promoção da força muscular, entre outras. À falta de vitamina D estão associadas doenças como o raquitismo em crianças, a osteoporose em adultos, doenças auto-imunes, esclerose múltipla, depressão (principalmente sazonal, que é frequente nos meses em que não existe tanto Sol -  diminuição da síntese desta vitamina), aumento da incidência de neoplasias malignas, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipo I, entre tantas outras.
Para se ter o aporte necessário desta vitamina, acredita-se que entre 15  a 20 minutos diários de exposição solar direta, ou seja, sem protetor, poderá ter inúmeros benefícios a nível da síntese de Vitamina D. Para além da exposição solar, esta vitamina também pode ser obtida através da ingestão de alguns alimentos, principalmente de peixes gordos (salmão, sardinha, cavala, atum, entre outros), a gema do ovo, o leite, a manteiga, alguns cereais suplementados ou até mesmo por suplementação vitamínica.
As pessoas que podem estar em maior risco de défice desta vitamina são os indivíduos que têm uma baixa exposição solar, os indivíduos que tem uma pele mais escura, idosos, obesos, indivíduos com excesso de peso, indivíduos que habitem em zonas de latitude elevada, crianças com menos de 1 ano de idade, insuficientes hepáticos e pessoas com problemas de absorção tais como os celíacos.
Relativamente à população portuguesa, apesar de Portugal ser um País bastante solarengo no Verão, que permite que a vitamina D seja armazenada para períodos em que há menos Sol, os níveis não são os desejáveis de forma a cobrir todo o Inverno.
Devido à controvérsia que existe quanto à exposição solar, principalmente devido ao risco de cancro, a suplementação pode ter um papel fulcral. Para isso deve-se sempre recorrer a um profissional da área, pois apesar do risco de intoxicação ser baixo, apenas pessoas que realmente têm défice devem ser suplementadas, para além de que a quantidade diária recomendada varia conforme o sexo e a idade e a auto-medicação é sempre um erro.
Concluindo, o ideal será ter uma exposição solar de 15 a 20 minutos três vezes por semana e não esquecer a importância do protetor solar quando a exposição é mais demorada, consumir regularmente alimentos ricos em vitamina D e assumir que mediante aconselhamento profissional a suplementação também poderá ser uma boa opção.